terça-feira, 4 de setembro de 2012

geladeira

Cedi ao hábito injustificável
De abrir a geladeira e fechá-la
Pouco pelo que havia em seu intorno
Mais pelo que se não havia!

…, mas você gosta de ao chegar em casa
Contar do seu dia, seus feitos e dramas
Trapaça da vida, eu também gostaria!
E quando o dia tivera sido difícil
Sentir-se envolvendo de um tentáculo macio
As pernas recostadas noutras pernas
Talvez os pés se acariciando
E um peito quente e cheio pelas costas

Mas a geladeira estava fria. Talvez vazia.
Abri mais de uma vez. Não alterou-se....
E nem contou-me como fora seu dia
Nem sobre a ida ao mercado
Ou a necessidade de comprar comida!
Não houve motivo para reclamação...
Mas na cama quentinha eu teria ao meu ouvido
Uma boca, uma voz, e a sensação de mil assuntos!
..., mas você gosta de ao chegar em casa
Ouvir do seu dia, seus feitos e dramas
Trapaça da vida, eu também gostaria!

Jonathan Mendonça, 31/08/2012

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