Tenho escrito as poesias e apagado-as a todas
Escrevo. Contemplo. Sinto-as. E apago.
Deleto.
Não despontará à eternidade este sentimento torto.
Não darei a esta tristeza o privilégio sobre a alegria...
(que a alegria é só aquela da noite, de um samba, num bar...
E que a tristeza é amiga, companheira, pra todas as horas)
Não atualizarei mais os blogs com estes fragmentos de dor (como ela bem queria)
Não darei a esta dor privilégio sobre o prazer
(que o prazer é só a volúpia, o cheiro, o clímax, a atração convulsa. O choque e a explosão...
E que a dor... é permanente e aparenta nos olhos esta mágoa embaixo... e estas bolsas de insônia. E esta testa frisada.
Portanto os apago sem
pena, nem dó.
Apago depois de contemplá-los (e eles nunca foram escritos).
Mas escrevo-os primeiro
E exorcizo-me de cada
poema.
Um comentário:
"A Tristeza é senhora. Desde que o samba é samba é assim..."
Saudade, Evelyn!
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