domingo, 22 de novembro de 2009

Fico tanto tempo no chuveiro
Porque ele faz a função do teu corpo:
Esquentar meu corpo inteiro

Embora o chuveiro esquente
Toda a matéria contraria
O corpo que está tão quente
Na alma que está tão fria

9 comentários:

aninha disse...

Dizem os escritores ser difícil manejar as palavras. Que são escorregadias, ariscas, e tão espertas que no fim, ao invés de obedecerem ao autor, dobram-no e o enlaçam em significados estranhos, dizendo o que bem querem... Porém tu, Jonathan Mendonça, disseste tudo em duas estrofes. Um conflito, um contraste. Belo e completo o texto.

Bruno Faria disse...

é meu caro... Ja pensastes em escrever um livro?

Felipe Ribeiro disse...

Leia "Dilema no bar." Vc está envolvido na cena. Aproveita pra me seguir no blog. A gente tem que manter o contato. Vlw!

Felipe Ribeiro
Aguardo comentários.

helena disse...

Familiar.

7 disse...

MUUUUITO BOM. SIMPLES E BOM. COMO DEVE SER.

Felipe Ribeiro disse...

"Embora o chuveiro esquente
Toda a matéria contraria
O corpo que está tão quente
Na alma que está tão fria"


Análise poética:(parte1)

O eu-lírico expressa através desse poema a dor e a solidão humana.Ao utilizar a antítese como recurso/estilo(quente-frio), o poeta acaba transformando a imagem do poema, ou melhor, transporta o leitor para um mundo às avessas(hostil) e marcado pelas garrras da solidão. O chuveiro talvez seja o local de isolamneto do indivíduo(seu retiro), no qual em vão tenta compensar a falta do calor humano. Mas de nada adianta, pois a alma coberta de marcas não está mais suscetível a tal amenidade.

Felipe Ribeiro

Fernanda Delatorre disse...

Mais como a inspiração lhe sai um texto tão curto e surpreendente desta maneira? *-*
Meus Parabéns, você consegue me fazer sentir emoção em seus poemas.

Felipe Ribeiro disse...

J. leia meu novo poema: Pétalas de sangue. Acho que vc vai gostar. Parece até uma continuação do poema xícaras estranhas.

Felipe Ribeiro

Yuri Costa disse...

É meu irmão. Sempre achei que você e seus textos não iriam me surpreender. Sempre te chei fantástico. E depois desse então, minha admiração cresceu. Um abraço, mermão!