Se esta tal de poesia/ Deu graça à minha vida/ Razão a minha existência/ Posso dizer que hoje em dia/ Nada mais a poesia/ Deu-me, além da demência
quinta-feira, 8 de março de 2012
Pequena história de amor
Meu nascimento mesmo, foi naquele dia
Daquele teu beijo em mim: segurou-me a nuca,
E enfiou-me a língua sem nenhum pudor.
Azuis, as borboletas na barriga havia
E em mim havia medo (que mulher maluca)!
Havia amor embora nem houvesse amor!
Nascido, depois, aprendi contigo a vida
A ter coragem, ser bondoso, companheiro
E a enfiar a língua sem nenhum pudor
Também fazer teu corpo cintilar, despida
E até entender teu corpo, o movimento e o cheiro
Havia amor e então já quase havia amor
E já perdidos, um no outro, deturpados
Por penetrarmo-nos, cúmplices, bem no íntimo
Afiamos as línguas, sem nenhum pudor
Para encontrar um a si mesmo, separados
Nos desfizemos um em dois (tendo eu morrido)
Partimo-nos embora houvesse muito amor
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